domingo, 19 de setembro de 2010
sábado, 8 de maio de 2010
sábado, 3 de abril de 2010
Curta Metragem Espírita
A citação retirada do artigo Influência perniciosa das idéias materialistas, em Obras Póstumas, reflete a confiança de Allan Kardec na força inspirativa dos princípios espíritas para a Arte.
Longe de querer uma doutrina particular disseminada como um bloco monolítico pelo mundo, o codificador do espiritismo esperava ver as idéias novas espalhadas por entre os povos e as culturas. Idéias de esperança, otimismo e fé na imortalidade da alma.
Idéias que garantissem a sustentação da alma frente às dores, aos conflitos e às incertezas do dia-a-dia. Que dessem o suporte necessário à espiritualidade humana, relegada a um plano secundário em face do encantamento das sociedades com o "progresso da Ciência".
O curta-metragem abaixo, a nosso ver, é um belo exemplo de que a aposta de Kardec era acertada. Laços é uma produção brasileira de baixíssimo custo (R$1.500,00!) que arrematou o Project: Direct 2007, concurso de curta-metragens promovido anualmente pelo YouTube. O filme bateu centenas de concorrentes em todo o mundo com um roteiro simples, mas tocante. Confira:
http://espiritodearte.blogspot.com/2010/03/mais.html
quarta-feira, 31 de março de 2010
Cecilia Meireles
O Canto Amigo do Senhor
Espírito Cotovia Triste (Cecília Meireles)
No seu canto amigo,
Sinto florir a natureza,
A semente no solo cresce e
Torna um tapete verde de esperança.
A flor que brota entre espinhos
Perfuma tudo ao seu redor
E ninguém se lembra
Dos seus espinhos protetores.
O charco se cobre de verde
E flores brancas perfumam,
Cercando o lodo de alvura.
Eu escuto seu canto amigo,
Senhor.
Porque o bem é cantiga de ninar a dor
O bem é sinfonia eterna de Amor.
Escuto seu canto na tarde mansa
E me sinto feliz, Senhor.
Seu canto é compreensível
Para todos os corações aflitos,
Para os corações alegres e felizes.
E na nudez que a solidão impõe,
Sinto seu canto de paz e amor chegar
Eu me quedo a pensar...
A pensar...
Psicografia de Shyrlene Soares Campos
terça-feira, 23 de março de 2010
Conhecer deus como cristão
Eis o que é conhecer Deus como cristão. Mas para conhece-lo dessa
maneira é preciso conhecer ao mesmo tempo a nossa miséria e a
própria indignidade e a necessidade que se tem de um mediador a fim
de se aproximar de Deus para unir-se a ele. É preciso não separar
estes conhecimentos porque, estando
separados, não somentes são
inúteis como nocivos. O conhecimento de Deus sem o da nossa
miséria faz o orgulho. O da nossa miséria sem o de Jesus Cristo faz
o desespero: mas o conhecimento de Jesus Cristo isenta-nos do
orgulho e do desespero; porque nele encontramos Deus, único
consolador da nossa miséria e e único meio de repara-la. Podemos
conhecer Deus sem conhecer nossa miséria, mas sem conhecer o meio
de nos libertar-mos das nossas misérias que nos acabrunham. Mas não
podemos conhecer Jesus Cristo sem conhecer ao mesmo tempo Deus e
nossa miséria; porque ele nao é simplesmente Deus, mas um Deus
reparador de nossas misérias.
Assim, todos que procuram Deus sem Jesus Cristo nao encontraram luz
que o satisfaça, ou
que lhe seja realmente útil, pois nao chegam a
conhecer que há um Deus ou, se chegam, é inútil para ele porque se
forma um meio de comunicação sem mediador com um Deus que
conheceram sem mediador; de modo que caem no ateismo ou deismo, que
são duas coisas igualmente repelidas pela religião.
É preciso pois, esforçar-nos únicamente para conhecer Jesus Cristo,
porque só por ele podemos pretender conhecer Deus de maneira útil.
Ele que é o verdadeiro Deus dos homens, dos miseráveis, dos
pecadores. É o centro e o objeto de tudo, e quem nao o conhece nada
conhece na ordem da natureza do mundo nem em si mesmo; porque não
só conhecemos Deus por Jesus Cristo mas ainda só nos conhecemos por
ele.
Sem Jesus Cristo o homem permanecerá no
vício e na miséria. Nele
esta toda a nossa felicidade,toda a nossa virtude a nossa vida, a
nossa luz, a nossa esperança, fora dele, só ha vicios, misérias,
desespero e não vemos senão obscuridade e confusão na natureza de
Deus e na nossa.
Blaise Pascal